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    5 Lições do Coronavírus, de Acordo Com Um Médico Católico
    17/07/2020

    Antoine Mekary | ALETEIA

    Fala o Dr. José María Simón Castellví, Presidente Emérito da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas (FIAMC)


    Depois de meses da pandemia causada pelo coronavírus, o Dr. José María Simón Castellví, Presidente Emérito da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas (FIAMC), recolheu algumas lições que servem para todos nós.


    1.   ACEITAR A NOSSA FRAGILIDADE


    A primeira lição enfatizada pelo Dr. Simón “é muito evidente, mas parece que não queremos assumir plenamente: o ser humano é frágil e mortal”.

    De acordo com o médico, essa situação “deve levar todos a refletirem mais sobre a própria morte e o significado da vida”.

    “A vida é um dom que deve frutificar. Nós não vivemos nem morremos por nada. Estamos sendo testados e devemos dar o nosso melhor para os outros e para Deus. É desejável que no dia de nossa morte possamos apresentar alguns méritos”.


    2. PREPARAR O NOSSO ENCONTRO COM DEUS

    É preciso “estar sempre preparado para deixar este mundo em paz e em graça. A nossa fragilidade é tão óbvia que mesmo aqueles que estão cheios de saúde, esperam uma vida longa e reinam sobre os outros como deuses, um dia não serão capazes de se levantar, e eles sabem disso”.

    “A humildade e a fragilidade conduzem a Deus. E as obras de misericórdia, que todos devemos realizar com frequência, atenuam os sofrimentos dos outros”.


    3. OFERECER ATOS DE CARIDADE

    O Dr. Simón recomenda “fazer uma visita (onde é permitido e adequado ao bom senso) a uma pessoa idosa sozinha, a dar um telefonema, um bom conselho, enviar um pequeno presente, como uma caixa de chocolates ou algumas flores”.

    Esses gestos “podem reparar parcialmente a solidão daqueles que se sentem aprisionados devido à doença ou à velhice”.


    4. PURIFICAR CORPO E ALMA

    O Dr. Simón considera que as normas higiênico-sanitárias adotadas para evitar o coronavírus são muito úteis para evitar adoecer.

    “Acho que essas normas até nos ajudarão a sofrer menos resfriados, gripes e intoxicações alimentares futuras”.

    “O distanciamento interpessoal, a boa ventilação dos quartos, a lavagem frequente das mãos e o uso de máscaras são muito úteis para cortar o corrente de transmissão do vírus que produz a pandemia.”

    “Mesmo dentro de igrejas e em serviços religiosos, tais medidas são tomadas. No entanto, não devemos esquecer que somos corpo e alma, e que esta também deve estar limpa antes de nos apresentarmos diante de Deus hoje e sempre”.


    5. MUDANÇA DE VIDA

    Por fim, o Dr. Simón considera que “essa epidemia também pode ser uma oportunidade de mudar de vida e criar um sistema de vida melhor”.

    “É uma oportunidade de alerta para todos, um sofrimento para alguns, um ótimo teste para muitos”.

    O cardeal Peter Turkson, presidente da comissão vaticana para enfrentamento da Covid-19 criada pelo Papa Francisco, reafirmou recentemente alguns elementos da Doutrina Social da Igreja que são fundamentai: “é melhor investir em saúde do que em armas, promover a paz, enfrentar corajosamente a crise econômica, priorizar empregos e cuidar mais da criação”, conclui o médico.

     


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